sábado, 16 de outubro de 2010

La Stupenda

Morreu esta semana (dia 10) em sua casa, na Suíça, Dame Joan Sutherland, uma das maiores vozes da segunda metade do século XX, aos 83 anos.  Conhecida como “La Stupenda”, conseguiu a façanha de fazer fama, a partir dos anos 1960, nos papéis que, pouco antes, eram dominados por Maria Callas: Norma, Lakmé, Lucia, Sonnambula. Começou os estudos, na Austrália, como mezzo; mudou-se para Londres nos anos 1950 quando começou a treinar a voz para os papéis de soprano dramático. Conheceu, porém, o maestro Richard Bonynge (com quem veio a se casar) e ele, entusiasta do bel canto, em que o tamanho da voz não é tão importante quanto a agilidade, a fez passar para esse repertório.  No palco e em suas gravações, Sutherland teve como grande parceiro o tenor italiano Luciano Pavarotti. Gravaram Lucia di Lammermoor, Rigoletto, La Traviata, Tosca, Norma – algumas delas, mais de uma vez. Foi Pavarotti, aliás, quem definiu Joan Sutherland como “a voz do século”; foi, também, ao lado de Pavarotti que ela se despediu do palco, em uma apresentação de Die Fledermaus no Covent Garden, em 31 de dezembro de 1989 - veja (e ouça) aqui.

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